Projeto de leitura 2014

Alfabetizando por meio da leitura



Aprender a conhecer é adquirir as competências para a compreensão, incluindo o domínio dos próprios instrumentos do conhecimento. Quem aprende a conhecer aprende a aprender, e isso é fundamental para as relações interpessoais, as capacidades profissionais na construção de uma vida digna!”(Celso Antunes).
 
  

1.    Introdução

 “A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele.” (Paulo Freire)
  

Entende-se que a leitura é uma condição básica para a aprendizagem dos diversos saberes, isto é, ela é o ponto de partida para o apoio das múltiplas atividades propostas aos alunos durante o processo de aprendizagem, trazendo, como consequência imediata, o crescente interesse pelas atividades relacionadas às diversas áreas do conhecimento. Especialmente falando da literatura universal.
            Atualmente, a maioria dos alunos não se interessa pela leitura, mesmo sabendo que ela é de suma importância para o aprendizado. A cada ano que passa, aumenta o índice de alunos que chegam ao 6º Ano do Ensino Fundamental II, sem saber ler e esse problema estende-se ao 7º. Ano, e porque não dizer, ao Ensino Médio. Infelizmente a leitura, para os alunos, está associada a um ato de desprazer. Seria esse o motivo de os alunos não gostarem de ler? Entendemos que o ensino fundamental é a base do conhecimento que se construirá durante a vida e que a leitura é de suma importância nessa construção. E esse pensamento deu origem ao projeto “Alfabetizando por meio da leitura”, o qual tem como público alvo os alunos de 1º. a  9º. Ano de Escolaridade da E.M.E.F. “Dr. Mário Covas Júnior”.
Segundo Emília Ferreira e Ana Teberosky, a psicogênese da leitura e da escrita deve ser analisada e melhor compreendida sob uma visão interacionista desde que seja associada a outros aspectos linguísticos, político-sociais e filosóficos. Esse tipo de abordagem nos permite reconhecer, aceitar na prática o aluno como sujeito de aprendizagem. Portanto, o aluno não é alfabetizado pelo professor, mas ele próprio se alfabetiza à medida em que ele vai interagindo com a leitura e com a escrita, até que ele próprio consiga compreender, de forma conceitual, o que é ler e escrever.
O aluno está envolto na modernidade da vida e esta, tem como obsessão redescobrir ou reinventar a verdade última da vida ou da condição humana, numa tentativa de suprir o vazio consequente das incertezas. O estímulo a leitura é fazer dessa busca uma prática diária. Redescobrir que a informação e interpretação de fatos registrados são formas incessantes da coexistência do homem com a sua criatividade, imaginação e seus sonhos. No ato de ler, pode-se criar a arte e a arte criar o real.
Fazer do hábito de ler uma extensão das atividades cotidianas comuns ao nosso viver diário tornou-se a preocupação básica de educadores. A leitura só é realizada entre homens e esse ato gera relações humanas que dinamizam a cultura.

  “As experiências conseguidas através da leitura, além de facilitarem o posicionamento do ser do homem numa condição especial(usufruto dos bens culturais escritos), são, ainda, as grandes fontes de energia que impulsionam a descoberta,elaboração e difusão do conhecimento” (TEODORO, 1985).

Segundo Lisboa (1977), uma importante função da leitura é expressa em: “Quando se diz que o importante nos livros, está nas entrelinhas, ou atrás das palavras impressas, o que se quer dizer é que aquilo que os livros contêm não é diferente da vida, escritos por homens, eles refletem o que é humano”.
            Isso só tende a confirmar o que dissera  Jorge Luis Borges sobre o livro: “O microscópio e o telescópio são extensões da nossa visão; o telefone é a extensão da
nossa voz; em seguida, temos o arado e a espada, extensões do nosso braço. O livro, porém,  é outra coisa: o livro é uma extensão da nossa memória e da nossa imaginação.”

2.    Justificativa

“Um livro só começa a existir quando um leitor o abre”.(Elias Thomé Saliba)

Com as constantes barreiras encontradas entre os discentes em relação ao ato de ler, procuramos identificar as possíveis causas, as quais poderiam sugerir esse estado de aversão a leitura ou a “famosa preguiça de ler”. É um tanto pretensiosa a tentativa da descoberta de tal fato, porém algumas situações foram possíveis de ser observadas e consideradas relevantes para que se obtenha um bom entendimento do problema crônico existente no meio estudantil em relação à leitura.
             Em termos de realidade educacional, a importância da leitura pode ser explicitada da seguinte forma:


  • Leitura é uma atividade essencial a qualquer área do conhecimento e mais essencial ainda à própria vida do Ser Humano;

  • Leitura está intimamente relacionada com o sucesso acadêmico do ser que aprende; e, contrariamente, à evasão escolar;

  • Leitura é um dos principais instrumentos que permite ao Ser Humano situar-se com outros, expressar sua opinião, discutir e criticar para se poder chegar à práxis;

  • A facilitação da aprendizagem eficiente da leitura é um dos principais recursos de que o professor dispõe para combater a massificação galopante, executada principalmente pela televisão;

  • A leitura, possibilitando a aquisição de diferentes pontos de vista e alargamento de experiências, parece ser único meio de desenvolvimento a originalidade e autenticidade dos seres que aprendem.

Diante das funções da leitura, apresentadas de forma resumida, analisamos as condições dos alunos que recebemos no Ensino Fundamental II, a maioria não possui  preparo adequado para apresentar, em suas vidas acadêmicas, as condições mínimas habilidades específicas para o desenvolvimento das tais competências exigidas ao desempenho do ato de ler e do gosto pela leitura.                                     

  “O insucesso dos alunos em compreender  textos (...) transparece na hora de ampliar, confirmar ou modificar nosso modelo de mundo. No entanto esse fracasso é, na verdade, muito mais básico. (...) o problema é que alcançam um grau tão baixo de representação textual que ficam impedido de ir mais além do texto.” (SÁNCHEZ MIGUEL, 1995)

            Uma geração nova está a florescer no Brasil, e não é difícil de perceber o que está ocasionando tantos distúrbios nos interesses literários dos jovens de hoje; quando os pais não partilharam com os seus filhos o que aprenderam quando crianças. Quantos alunos
 puderam passar a sua infância ouvindo estórias de contos de fadas, lendas, poesias e as várias formas de literatura infantil? O velho hábito de ler para as crianças virou moda passada, e o momento mágico de ouvir o filho narrar sobre como foi o seu dia também.
Segundo Bruner (2000), Jamais saberemos “se aprendemos a narrativa por meio da vida ou a vida, por meio das narrações”.
              Alunos desprovidos de sonhos, de expressão crítica, de informação, de tradições familiares, de valores e de ideais de vida: esse é o resultado encontrado entre crianças que não têm o prazer de ler. São destituídas da formação do caráter de leitor em sua vida.
Uma vida em formação que não pode ser perdida na sua sensibilidade e na sua imaginação. Para isso o que se propõe é a experimentação, desenvolvimento e propagação de alternativas de novas atividades pedagógicas por meio do: convívio social e expressão cultural.

Ler é penetrar em outros mundos possíveis. É indagar sobre a realidade para compreendê-la melhor, é distanciar-se do texto e assumir uma postura crítica diante daquilo que se diz e do que se quer dizer, é tirar carta de cidadania no mundo da cultura escrita. (LERNER,1996)

3.    Objetivo da Aprendizagem

Objetivo geral

Este projeto tem como objetivo interessar os alunos pela leitura, considerando os desafios da nossa realidade escolar no âmbito sócio – econômico e cultural, proporcionando-lhes melhoria  no desempenho de suas habilidades e competências como leitores.

Objetivos específicos

      - Contribuir para ampliar a qualidade da escola através da inserção sistemática de processos de leitura prazerosa e crítica, com professores e alunos.
- Estimular o aluno a expor  suas  ideias  e compartilhar suas descobertas
- Desenvolver, nos alunos, a sensibilidade, a imaginação, a criatividade e a cidadania.
- A partir da leitura, os alunos deverão conhecer e compreender os temas enfocados, contextualizando a sua própria realidade.
- Despertar nos educandos o interesse pela leitura, como ato construtivo, desenvolvendo o senso crítico, a visão de si mesmo e do mundo.
- Desenvolver e ampliar o vocabulário dos alunos, levando-os a expressar a mesma idéia de formas diferentes; entender a denotação e a conotação da palavra, compreender a plurissignificação dos vocábulos.
- Desenvolver a habilidade: da escrita; da leitura; da interpretação e da oralidade, além da expressão corporal.
- Incentivá-los a participar de concursos de redação, festival de teatro, olimpíadas, dentre outras atividades que estimulem a leitura, expressão oral e escrita.
- Recontar, ler, reescrever, encenar e criar  textos de diversos gêneros.

4. Desenvolvimento do Projeto

  1. Informações gerais:

Pessoas envolvidas: Alunos de 1º. ao    ano de escolaridade da E.M.E.F. “Dr. Mário Covas Júnior”, seus respectivos professores.

O projeto será desenvolvido durante o ano letivo de 2014

Materiais necessários
  1. __________________Papel pardo;
  2. __________________Canetas coloridas, giz de cera, pincel, lápis de cor;
  3. __________________Papel ofício duplo;
  4. __________________Giz colorido e branco;
  5. __________________Revistas (Quadrinhos e diversas áreas) 
  1. __________________Livros (poesias, contos, crônicas, romances);
  2. __________________Cola;
  3. __________________Tesoura.
  4. __________________ Máquina fotográfica

   5.  Etapas do trabalho (metodologia)
       
 1º. Passo: Contar histórias, pedir a um aluno (variar na escolha do “recontador” de histórias, para que todos possam participar), pedir aos alunos que escrevam a história no caderno de redação.
2º. Passo: Direcionar o trabalho de leitura priorizando a sugestão  de cada Ano de Escolaridade. (Histórias em quadrinhos, poemas, contos, lendas, crônicas, romances, músicas, parlendas, revistas etc.). Diversificação das atividades: roda de leitura; contador de histórias; teatro; rescrita utilizando os diversos gêneros textuais, montagem de painéis etc.
3º. Passo: Incentivar os alunos a  ler os livros do baú da classe e a retirar livros para leitura.

6. Cronograma de execução
                     
                       ATIVIDADES
                                  ANO  III
1º Bi
2º Bi
3º Bi
4º Bi
Coleta de dados e levantamento das dificuldades dos alunos.
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Definição dos livros a serem lidos.
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Estudo da criatividade no momento de recontar a história ouvida ou lida.

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Descrição das atividades desenvolvidas.

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Avaliação das aprendizagens.
Auto avaliação.

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Análise dos dados, elaboração de relatórios final das atividades de produção e leitura de textos(redação).



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6.1. Descrição das atividades as quais serão desenvolvidas
6.2. Avaliação das aprendizagens
6.3. Auto – avaliação
7. Produção do aluno

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